Escrito quando Marilene Felinto tinha apenas 22 anos de idade, As mulheres de Tijucopapo é um marco da nossa literatura. Segundo a escritora e editora Beatriz Bracher, que o escolheu para ser a primeira obra do catálogo da Ed. 34, esse romance foi escolhido, mesmo já tendo dez anos da primeira publicação, porque era “o que de mais novo havia sido escrito por um autor brasileiro contemporâneo naquele momento”. E ainda, de acordo com Bracher, é um mistério que, ao ser reeditado pela editora Ubu em 2021, ele seja “ainda mais novo do que em 1992”.
As mulheres de Tijucopapo é, sem sombra de dúvida, um romance ainda a ser descoberto, explorado, debatido. Desses que o Toda Prosa quer para dissecar!
Então é sobre ele que vamos conversar em nossa próxima prosa, dia 27 de outubro, a partir das 19:30. O link para a sala de reunião já está no link da nossa bio no Insta.
De que ele trata? Pois bem, de acordo com a sinopse da edição mais recente:
“Escrito em 1982, (…) o livro narra a viagem de retorno da narradora Rísia a Tijucopapo, localidade fictícia onde sua mãe nasceu, que evoca a história real de Tejucupapo, no Pernambuco. No século XVII, a cidade foi palco de uma batalha entre mulheres da região e holandeses interessados em saquear o estado. Nas entrelinhas de As mulheres de Tijucopapo, conta-se a história das mulheres guerreiras de Tejucupapo. O livro se constrói como um fluxo de consciência literário cujo teor histórico, feminista e antirracista se evidencia no trajeto que a narradora faz de volta a essa terra mítica, iluminando as contradições inerentes à sociedade e à cultura multirracial brasileira.”